sexta-feira, 15 de abril de 2011

Taksim – Uma explosão de introspecção

Como dançar e expressar paixão? Explodir todos seus sentimentos e irradiar luz e sons musicais que fluam do seu próprio corpo? Taksim é a resposta para essas perguntas.

O estilo musical denominado taksim consiste de uma improvisação melódica de um único instrumento, salvo as exceções em que se têm uma percussão de fundo marcando um ritmo base.

Para dançar o taksim, é necessário abrir seu coração e mente, a fim de sentir a música e imaginar que seu corpo é o próprio instrumento. Trata-se de um momento de introspecção.

Deve-se ondular e tremer conforme cada nota musical; é como se os sons saíssem de seu próprio corpo, um momento de mistério e hipnose para o público.


É possível observar o taksim na dança da bailarina egípcia Dina (foto acima), que faz todos se emocionarem com sua sinuosidade e expressão magnífica. Ela executa movimentos simples, mas profundos e interpreta a música em seu coração, por vezes já chorou de emoção ainda em cena.

Ao assistir um taksim pode-se perceber a sintonia criada entre bailarina e música; nos casos de produção ao vivo, essa sintonia passa a existir entre bailarina, músico e sua canção.

Como uma dica para compreender e poder dançar o taksim, você deve aprender que os instrumentos árabes podem ser divididos em três categorias: corda, sopro e percussão.


Para os instrumentos de corda, como o kanoon e o alaúde, são usados movimentos sinuosos de todo o corpo e também tremidos suaves.


Já os de sopro, como as flautas, são representados por movimentos bem lentos, longas ondulações de braços e peito.


Por fim, para os instrumentos de percussão, como o derbak, os tremidos são os mais indicados, variando sempre a intensidade do movimento de acordo com a do instrumento.


Quando houver um ritmo de base é necessário que o siga, porém nunca se esquecendo da melodia. Os ritmos presentes neste estilo musical são os mais lentos: chiftitelli, whada wo noz e outros.

Após conhecer um pouco sobre o taksim, é hora de entregar-se e despertar essa sintonia em sua dança.

por Francine Pisni - Aluna de Danças Árabes

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