quinta-feira, 21 de abril de 2011

Derrubando mitos e analisando alguns fatos sobre: A Dança do Ventre

O Mito é algo que de fato não existe, mas, que se supõe ser uma realidade, e infelizmente, observamos que a Dança do Ventre está repleta destes Mitos, falsas idéias e padrões que na correspondem com a verdadeira essência da dança.

Quando se fala em prática da Dança do Ventre nos deparamos com inúmeros comentários que comprovam isso, tais como: “Adoraria aprender, mas não levo jeito!”, “É muito difícil, nunca aprenderei!”, “Não tenho coordenação motora para dançar!”, ou pior ainda: “Não tenho corpo, estou muito gorda!”, “Sou muito velha, já passei da idade!”

No entanto, eu fico me perguntando: Quem disse que para se aprender a dançar deve-se seguir um padrão pré-estabelecido ou possuir um biótipo pré-concebido? De onde isso surgiu?  Por que para algumas mulheres a dança parece algo distante e inatingível?



Talvez porque em nossa sociedade atual o culto à beleza, à magreza e á juventude acabe deixando a maioria das mulheres “de verdade” intimidadas para se aventurar em algumas atividades.

Veja só, a Dança do Ventre em seu formato mais puro e primitivo celebrava o aspecto divino e natural do feminino, o culto á deusa Ísis e exaltava o que as mulheres possuíam de mais simples e mais belo: suas formas arredondadas, sua feminilidade original, o fato de gerar a vida em suas entranhas, é o poder do ventre!  Seja ela uma jovenzinha, uma mulher madura ou uma anciã!

Cada fase de nossa vida e cada vivência tem a sua história e esta pode ser sempre traduzida na dança de uma forma belíssima!

Curioso pensar que no mundo árabe as mulheres “cheinhas” são consideradas as mais atraentes. Então, em diferentes aspectos culturais muitas vezes não se tem uma mesma visão das coisas. Infelizmente a cultura moderna ocidental tem feito das mulheres verdadeiras escravas de mitos que na verdade são pura utopia, mais ainda, grandes bobagens.

Todas nós temos o potencial de aprender e executar belamente a dança. Basta ter iniciativa e força de vontade e não desistir no primeiro obstáculo que surgir.

Claro que ninguém vira bailarina com 1 ou 2 meses de aula, dançar requer muita dedicação!

A prática da dança em suas mais diversas modalidades nos traz inúmeros benefícios: o autoconhecimento é um deles. Não só do corpo mas também de nossas emoções. Quando dançamos paramos para “nos olhar mais profundamente!”.

A dança torna a pessoa mais sensível e observadora. Quando aprendemos a ouvir a música e a estabelecer um diálogo com ela também aprendemos a nos tornar seres mais sociáveis, buscamos melhores formas de nos relacionar com outras pessoas, procuramos criar laços com outros que apreciem a mesma arte e aprendemos a nos comunicar com o nosso público.

Tudo isso acaba se transportando para o nosso dia a dia, para a vida cotidiana, trazendo grandes benefícios. Mais alegria, saúde e bem-estar são alguns estados que a dança nos proporciona!

Porém, vale lembrar algo: que na vida tudo deve ser feito com responsabilidade.  Quando se inicia uma nova atividade física muitas vezes tendemos a nos empolgar e cair no exagero. O que nunca é bom, devemos sempre buscar um equilíbrio.

Lembrando que cada um é cada um, com sua compleição física, suas possibilidades e seus limites. Se minha colega de turma faz 20 movimentos e eu consigo 5, devo respeitar meu corpo.

Respeito por mim mesma é a chave! Com dedicação e consciência poderei evoluir a cada aula.

É sempre muito importante buscar a orientação de um profissional competente e capacitado em qualquer prática física. Alguém que possa orientar e observar o aluno.

A Dança do Ventre foi feita para “todas” as mulheres. Salvo alguns casos como em problemas mais sérios da coluna vertebral (como bico de papagaio e hérnia de disco) e nos primeiros meses de gestação, ela pode ser executada por todas nós sem medo.

A dança deve nos trazer conhecimento e alegria e não frustração. Ela nunca deve se tornar uma tortura, mas sim um prazer.

A Dança do Ventre foi introduzida e traduzida no Ocidente como ferramenta de sedução. Infelizmente foi deturpada, pois ela é muito mais que isso. Ela é a celebração do “ser mulher”: formas suaves, arredondadas, o ventre que dá a vida , o colo que acolhe, a doçura e a força em uma combinação harmoniosa.

Dançar eleva a autoestima, traz vitalidade e renova as energias.

Ao dançar: Dance primeiro para você mesma!

Dance e celebre a vida!   Celebre o feminino!


Esqueça os mitos, Dance e seja feliz!!!!!



por Nur El Shams nossa aluna do Curso Técnico em Dança

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