quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Vaslav Nljinsky - Genial ou Louco?


O nome de Vaslav NIjinsky – o ucraniano de origem polonesa que colocou os bailarinos em posição de igualdade com as bailarinas – esta associado tanto a escândalos quanto a sua genialidade. Ainda na Rússia, chocou o público e a família imperial, ao dançar sem o calção que tradicionalmente era usado sobre a malha justa dos bailarinos. Sua atitude lhe valeu uma demissão do teatro Mariinsky, mas permitiu a exclusividade na companhia de Sergei  Diaghilev, de quem passou a excursionar pelo mundo, ganhando notoriedade.
Paris também se viu escandalizada com suas coreografias, tanto pela revolução nos conceitos da dança, quanto pelos elementos de sensualidade que continham em L´Apres midi d´um faune, apresentada em 1912, Nijinsky foi acusado de obscenidade por uma platéia atônita diante de sua ousadia.


Sua técnica impressionante e seus saltos que desafiavam a lei da gravidade, contudo, suplantavam as afrontas `a moralidade de sua época. Conta-se que, certa vez, um repórter teria perguntado sobre o segredo para que se tivesse a impressão de que ele corria, saltava e pairava alguns instantes no ar. Ele teria respondido: “é simples eu simplesmente corro, salto e pairo no ar”. Essas habilidades surpreendentes aliadas a um forte carisma faziam com que ele fosse chamado de “deus da dança” e “oitava maravilha do mundo”.
Ainda jovem, foi parceiro de Anna Pavlova, mas seus pás de deux mais lendários aconteceram com Tamara Karsavina, principalmente nas coreografias de Michel Fokine, com o “espectro da rosa”.
Em uma viagem a America do Sul, Diaghliev não o acompanhou, em função do medo de viajar pelo navio – fruto de uma previsão feita por uma cigana de que ele morreria afogado. Contrariado, Nijinsky se casou em Buenos Aires com Romola Pulszky, um condessa que entrou para a companhia somente para poder estar ao lado do homem por quem era fascinada.
Aos 29 anos, Nijinsky deixou os palcos, após sofrer um surto psicótico a ser dignosticado como esquizofrênico. Passou os últimos anos de sua vida em hospitais psiquiátricos, escrevendo memórias conturbadas em seu diário. Morreu em Londres, aos 60 anos de idade, sem deixar nenhum registro em filme de suas magníficas performances.

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