terça-feira, 12 de julho de 2011

Anna Pavlova (1881-1931)


Talvez o mais famoso nome do ballet clássico, Anna Pavlova nasceu prematura, na Rússia, em 1881. A filha de uma lavadeira solteira, com um pai de origem controversa, descobriu a paixão que acompanharia por toda a vida ao assistir a montagem de Marius Petipa do bailado “a bela adormecida”.
Em sua primeira audição para escola imperial do ballet, aos oito anos de idade, foi recusada pela aparência frágil e doentia, somente ao completar 10 anos, conseguiu ser admitida na renomada escola.

Os anos posteriores também evidenciariam suas limitações para o ballet clássico: pés arqueados demais, membros muito longos e tornozelos finos. Todavia, suas dificuldades técnicas que incluíam joelhos poucos esticados e “port de bras” equivocados, não conseguiram ofuscar seu incrível talento. Marius Petipa se rendeu ao seu incrível carisma, e ela se tornou primeira bailarina do ballet imperial Russo.

Michel Fokine coreografou “a morte do cisne”, para ela. Sem grandes acrobacias, o ballet permitia que a bailarina usasse a própria fragilidade a seu favor.

Perto de completar cinqüenta anos, Pavlova recebeu um terrível diagnóstico de pleurisia, e o médicos disseram que ela não poderia mais dançar.

Três semanas depois, ela pediu seu figurino de cisne, executou com os braços o movimento que a imortalizou pela última vez, abraçou o tutu e proferiu suas palavras derradeiras, antes de dar o último suspiro: “toque o ultimo compasso bem suavemente..”

Como era de costume no ballet, na apresentação seguinte, quando as cortinas se abriram, o palco estava vazio, somente a luz do canhão se movimentava, acompanhando seus passos, como se ela ali estivesse.


Por Symone Coelho - Professora de Ballet e Flamenco



Nenhum comentário:

Postar um comentário